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Construir a visibilidade de uma marca é essencial para atrair clientes e consolidar um negócio no mercado. No entanto, especialmente para startups ou empresas sem muitos recursos, investir em publicidade pode ser um desafio, já que os recursos são muitas vezes escassos e as prioridades estão voltadas para despesas operacionais.

Nesse contexto, uma estratégia inovadora tem chamado a atenção de empresários: o media for equity. Essa modalidade de parceria troca participação societária por serviços de mídia, permitindo que as empresas ganhem espaço publicitário em canais estratégicos sem comprometer o fluxo de caixa.

No Brasil, o Nubank utilizou o media for equity ao convidar a cantora Anitta para seu conselho administrativo, aproveitando sua influência para ampliar a visibilidade do banco digital.

Outra startup que apostou nesse modelo foi a Daki, que captou R$ 25 milhões em parceria com a 4Equity Media Ventures, usando o investimento para explorar publicidade em canais como TV e podcasts. O QuintoAndar também recorreu a essa estratégia, utilizando o acordo para expandir sua atuação em cidades menores, alcançando públicos regionais por meio de rádio e influenciadores locais.

Mas, como toda inovação, esse modelo também exige atenção a questões jurídicas e societárias.

Neste artigo, explicamos o que é o media for equity, quando ele pode ser vantajoso e quais cuidados devem ser tomados na elaboração de contratos.

Se a ideia parece promissora, acompanhe e descubra como aproveitar essa estratégia com segurança.

O que significa media for equity?

Media for equity pode ser entendido como uma troca entre empresas. De um lado, startups ou negócios em crescimento cedem uma fração do seu capital social. Do outro, empresas de mídia ou influenciadores digitais oferecem campanhas publicitárias, posicionamento e/ou exposição em troca dessa participação.

Esse modelo é especialmente atrativo para empresas B2C, ou seja, voltadas diretamente ao consumidor, que dependem de uma comunicação eficaz para se posicionarem no mercado.

A lógica é simples: o investidor de mídia aposta no crescimento da empresa com a expectativa de um retorno financeiro futuro, enquanto a startup se beneficia de publicidade em larga escala sem precisar investir recursos próprios imediatamente.

Por que o media for equity pode ser uma boa escolha?

Negócios em estágio inicial geralmente enfrentam uma barreira comum: a dificuldade de investir em marketing enquanto ainda constroem seu fluxo de receitas. Nesse cenário, o media for equity oferece vantagens claras, como:

• Redução de custos imediatos: não há necessidade de desembolsar valores altos em campanhas publicitárias.

• Acesso a mídia de qualidade: a empresa pode aparecer em canais que não conseguiria pagar, aumentando sua visibilidade.

• Atração de clientes e investidores: a exposição em larga escala fortalece a marca e gera maior interesse do mercado.

Por outro lado, para as empresas de mídia, essa estratégia funciona como um investimento de longo prazo, com potencial de retorno desproporcional, caso a startup cresça e atinja resultados expressivos.

O que observar antes de fechar um acordo de media for equity?

Apesar de ser um modelo inovador e atrativo, o media for equity exige cuidados jurídicos para proteger os interesses de todas as partes envolvidas. Veja alguns pontos de atenção que a nossa equipe recomenda como básicos para qualquer tipo de contrato desta natureza:

• Definição clara da participação societária: é crucial estabelecer com precisão o percentual cedido, levando em conta a diluição acionária e os impactos no controle da empresa.

• Contratos bem estruturados: cláusulas que detalhem as obrigações, como metas de performance da mídia, entregáveis, postagens, periodicidade de publicização e demais estratégias que envolvam direitos e obrigações são indispensáveis.

• Proteção da marca: é fundamental incluir previsões contratuais que limitem o uso indevido da identidade visual ou do posicionamento estratégico da empresa, bem como em relação à própria titularidade destes ativos.

• Planejamento tributário: a cessão de participação societária pode gerar implicações fiscais importantes, como tributos sobre ganhos de capital. O suporte de especialistas é essencial para mitigar riscos e adotar o melhor modelo.

• Governança corporativa: incluir o novo parceiro na estrutura societária requer ajustes, como pactos de sócios ou redefinição de quóruns decisórios, para tomada de decisões estratégicas.

Exemplos de sucesso no Brasil

Algumas startups brasileiras já exploraram o media for equity como ferramenta para alavancar seus negócios. Como mencionado, um caso conhecido foi o Nubank, que convidou a cantora Anitta para o conselho administrativo, utilizando sua influência para ampliar a visibilidade da marca.

O Nubank convidou a cantora para integrar seu conselho de administração em junho de 2021. Além de sua expertise empresarial, Anitta trouxe uma compreensão profunda do consumidor brasileiro, contribuindo para o desenvolvimento de produtos e estratégias de marketing direcionadas.

Essa parceria visava aproximar o banco digital de públicos que ainda não tinham familiaridade com seus serviços financeiros. Em agosto de 2022, devido ao crescimento de sua carreira internacional, Anitta deixou o conselho, mas assumiu o papel de embaixadora global da marca, continuando a promover o Nubank em diversas campanhas e iniciativas.

Como o apoio jurídico pode fazer a diferença?

Parcerias como o media for equity exigem estruturação adequada para evitar conflitos futuros. Contar com o suporte de advogados experientes é essencial para:

• Negociar os termos do contrato e proteger os interesses primordiais da sua empresa.

• Planejar os impactos societários e tributários da operação.

O media for equity é uma estratégia poderosa para startups que desejam crescer com publicidade de qualidade, mas não possuem os recursos necessários para campanhas robustas. No entanto, o sucesso dessa modalidade depende de contratos bem elaborados, alinhamento de expectativas e uma estrutura jurídica sólida.

Se você está considerando adotar o modelo de media for equity, entre em contato conosco.

No Tafelli Ritz Advogados, estamos prontos para oferecer o suporte jurídico necessário para transformar essa ideia em uma parceria segura e vantajosa para o seu negócio.

Dimas Tafelli
OAB/SP 266.340
Tafelli Ritz Advogados



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